25.10.09

“NÃO PISAR”: SALTAR!






















Gostaríamos de esclarecer que o objectivo principal de “Golpe de Vista” é chamar a atenção para situações que nos parecem incorrectas, a nós e aos nossos leitores, no sentido de serem solucionadas (e algumas já o foram), apresentando soluções para as mesmas sempre que as tenhamos. Por isso, poupamos tempo e trabalho aos senhores que sob anonimato se prestam a informar-nos sobre os meandros do funicular, avisando, desde já, que sabemos que a paragem de 20 (vinte!) minutos (não vão dizer que foram dois minutos...) que ontem, quarta-feira, 15 de Outubro, afectou os passageiros do funicular, a meio do percurso, não foi devido a qualquer objecto caído na linha, mas sim a um problema com a bateria eléctrica. Coisas que acontecem, não é?... Também, pelo preço não foram muitos a queixarem-se. Mas houve quem lamentasse não ter subido de “pernicular”, mais saudável e mais rápido.


O objectivo deste Golpe de Vista, em concreto, é chamar a atenção para alguns erros e lacunas ainda à volta do funicular. Assim, junto à Estação da Sé, não existe qualquer passadeira que permita atravessar a linha a quem percorra a Rua Silva Gaio. Claro que as pessoas passam por qualquer lado, que remédio... Mas também já lá vimos turistas com receio de atravessar, depois de verem os avisos pintados ao longo da linha: “NÃO PISAR”. Alguns, talvez com medo de levar algum choque eléctrico, saltam a linha em comprimento. Os idosos fazem pontaria para não enfiarem um pé ou a bengala nos carris ou na fresta do cabo de aço. Claro que ninguém desce a calçada ao longo de cem metros, para atravessar para o outro lado da linha, na passadeira mais próxima e voltar a subir. Até porque a redução do risco é mínima.

Aqueles que, furibundos, nos acusam de “anti-funículas”, já que estão tão por dentro de tudo o que mexe com o funicular, ocupariam melhor o seu tempo a abrir os olhos e chamar a atenção dos chefes para estas deficiências. E outras que passamos a indicar:

Há semáforos e placas de indicação turística a tapar placas toponímicas e sinais de trânsito no alto da calçada.

Continuam por colocar as barras de “plástico de alta resistência” que se descolaram em várias passadeiras.

Há mesmo uma passadeira, em frente à loja de cortinados, na Rua da Ponte de Pau que continua com a abertura original na calha do cabo de aço, no meio dos carris, o que constitui uma armadilha, tendo em conta os inúmeros acidentes que já ocorreram naquela fresta da largura de uma mão travessa.

É o que acontece quando se fazem obras à pressa com intuitos eleitoralistas.

(no Jornal Via Rápida)

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