28.4.11

energia nuclear e alternativas energéticas em debate amanhã em Nisa



















O Cine Teatro de Nisa acolhe amanhã, dia 29 de Abril, a projecção do documentário "Energias Sem Fim", seguido de um debate.

Aqui fica o convite: 

"Na semana do 25º aniversário do acidente da central nuclear de Chernobil e quando ainda não se conhece a extensão definitiva do acidente da central nuclear de Fukoshima, é importante reflectir sobre o nuclear e simultaneamente pensar alternativas energéticas sustentáveis.

Temos alternativas e energias apropriadas em Nisa, no país e na Península! 

Não precisamos de recorrer a tecnologias que não desenvolvem sustentabilidade, degradam o território e põe em risco o futuro das populações e do ambiente.
Contra o urânio, contra a nuclear aqui e onde estas indústrias de alto risco surgem apresentamos outras ideias, outros projectos.
Em Nisa a sustentabilidade económica e social, em Portugal e na Península Ibérica, poupanças e eficiência energética e energias renováveis, para um desenvolvimento equilibrado, com bem estar social e ambiente cuidado.
Alternativas ao nuclear e à exploração de urânio em Portugal e pelo encerramento das centrais nucleares em Espanha, e de Almaraz aqui no Tejo, serão apresentadas."

Na iniciativa irão participar:

António Eloy, CEEETA
António Minhoto, AZU
Gabriela Tsukamoto, Município de Nisa
Miguel Manzanera, Plataforma Ciudadana Refinería No,
Nuno Sequeira, Direcção Nacional da Quercus
Paca Blanco Diaz, Plataforma Antinuclear Cerrar Almaraz
Paco Castejón, Fisico Nuclear
Paulo Bagulho, José Moura, Movimento Urânio em Nisa Não

A iniciativa decorrerá no cine-teatro de Nisa, pelas 21h00, com entrada gratutita.

27.4.11

dia europeu da segurança rodoviária

Hoje, Dia Europeu da Segurança Rodoviária, os números de mais uma "Operação Páscoa" revelam-nos falhas na segurança e na educação rodoviárias e a preferência portuguesa em culpar sempre a chuva e o mau tempo. 

A poucos dias do lançamento mundial da Década de Acção para a Segurança Rodoviária por parte da Organização Mundial de Saúde, o atraso de Portugal em matérias de prevenção rodoviária  devem fazer-nos reflectir. 

O Dia Europeu da Segurança Rodoviária é dedicado aos Jovens Condutores, focando os temas de Álcool e Drogas ao volante.
Conduzir Alcoolizado:
  • exige maior tempo de observação para avaliar as situações de trânsito, mesmo as mais corriqueiras;
  • torna difícil, quase impossível, sair-se bem de situações inesperadas, que dependam de reaçcões rápidas e precisas;
  • leva o condutor a  fixar-se num único ponto, diminuindo a sua capacidade de desviar a atenção para outro facto relevante;
  • limita a percepção a um menor número de factos num determinado tempo. 

25.4.11

o cravo e as novas flores de abril

Na rádio ouvem-se hoje os velhos do costume (antigos presidentes da República) com o costumeiro discurso aparentemente neutro e descolorido a apelar à formação de "consensos", à "tranquilidade", para bem do "interesse nacional".

Na rua os discursos são diferentes e quase nada neutros, tingidos de vermelho vivo como cravo, querem a mudança e exigem que se acautelem os nossos interesses nacionais, as nossas conquistas sociais, e as promessas da revolução de Abril.

Hoje celebra-se a liberdade, não o consenso. Abril é celebrar o nosso dissenso: a vontade geral de um povo de entrar em desacordo com aqueles que dizem servir o país mas o esmagam. 

Por isso, neste dia de Abril e noutros que virão é necessário sair à rua e formar corpo para uma nova mudança. À pergunta sobre se os jovens ainda compreendiam o cravo vermelho na lapela, Carvalho da Silva respondia assim ao jornalista: "Sim, mas o importante seria que trouxessem novas flores! Não há mudança social sem o contributo das gerações mais novas."  

O Movimento 12 de Março, Precários Inflexíveis, FERVE e outros movimentos ligados ao protesto Geração à Rasca estiveram hoje presentes na manifestação que percorreu a Avenida da Liberdade em Lisboa. Entretanto, corre uma petição para levar à AR uma proposta de lei contra a precariedade, para saber: clicar aqui.

O feminismo está a passar por aqui


















A Rota dos Feminismos voltou a passar por Viseu, desta vez trazendo-nos as questões que envolvem o assédio sexual, num workshop (na livraria Pretexto) e debate (na ACERT) onde foram propostas formas de luta contra o assédio sexual, tanto no trabalho como no espaço público.

O assédio sexual afecta sobretudo a mulher e constitui uma forma de agressão. No local de trabalho, falseia a relação de trabalho e promove a discriminação laboral. Sendo um problema essencialmente feminino é um problema escondido onde a falta de informação por parte das vítimas resulta na impunidade, perante a justiça, dos agressores.

A UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta - propõem por isso informar as mulheres e sensibilizar a sociedade para o problema. 

Para além dos worshops e debates a UMAR e o grupo GATA - Grupo de Activismo e Transformação pela Arte - promovem acções de rua informativas e de  saudável provocação.

Próximas datas:

- Coimbra, 29 e 30 de Abril;
- Porto, 14 e 15 de Maio;
- Braga, 4 e 5 de Junho;
- entre outros locais a combinar.

20.4.11

atribulações nas obras do parque aquilino ribeiro


















Orçadas em 1,5 milhões de euros, as obras de requalificação do Parque Aquilino Ribeiro começaram em Outubro de 2009, mas têm-se arrastado no tempo, devido a vicissitudes várias, para desespero dos viseenses que há ano e meio se vêem impedidos de usufruir do espaço verde mais importante de Viseu, a seguir à mata do Fontelo, que, ainda por cima, alberga o único parque infantil do centro da cidade.
           
Mal começaram, as obras foram suspensas, alegadamente por motivos do mau tempo, mas,  em Fevereiro de 2010, a Câmara Municipal de Viseu (CMV) disse que estava a aguardar visto do Tribunal de Contas desde 10 de Dezembro de 2009. Acontece que o Tribunal de Contas recusou o visto devido a imprecisões e ilegalidades, tais como a exclusão de concorrentes no concurso público, com propostas de valores mais baixos. O TC acusou ainda a CMV de não ter respondido de forma cabal aos seus pedidos de esclarecimentos. Entretanto, houve um segundo concurso, mas as obras voltaram a parar. Desta vez, a causa foi atribuída a doença do projectista, o que levou a CMV a prorrogar o prazo da conclusão da obra a pedido do empreiteiro.
           
Estamos certos de que o Parque Aquilino Ribeiro irá ficar beneficiado com o projecto de reinterpretação  de Viana Barreto que o desenhou de raiz há 56 anos. Mas, apesar da CMV ter dito à comunicação social que a conclusão das obras estava prevista para o próximo mês de Junho, o aparente atraso dos trabalhos faz-nos duvidar de que os viseenses voltarão a usufruir do parque da sua cidade durante todo o Verão.

nuclear: energia limpa de segurança (2)



Com a catástrofe de Fukushima a revelar-se mais grave a cada dia que passa, será útil reflectir sobre a defesa que, desde alguns anos, investidores pouco escrupulosos têm feito da construção em Portugal de centrais nucleares, vendendo uma imagem da energia nuclear limpa, barata e segura, enquanto única alternativa à escassez do petróleo, face a uma alegada rentabilidade escassa e insipiência técnica no campo das energias renováveis. Ora, o Japão (e antes dele, Three Miles Island nos Estados Unidos, e Tchernobil, na antiga URSS) prova que o barato sai caro.
           
O normal funcionamento de centrais eléctricas nucleares também polui o mar, mas os maiores focos individuais de elementos radioactivos produzidos pelo homem no mar são de longe as fábricas de reprocessamento de combustível nuclear de La Hague, França e de Sellafield, Reino Unido. As suas descargas resultaram numa abundante contaminação dos recursos marinhos em toda uma vasta região; os elementos radioactivos provenientes do reprocessamento podem ser encontrados em algas marinhas de locais tão distantes como a costa ocidental da Gronelândia ou ao largo da costa da Noruega, alerta a Greenpeace.

Portugal tem muitas zonas sísmicas, o que tornaria ainda mais perigoso construir uma central nuclear no nosso território. Para risco já temos a central de Almaraz, na província de Cáceres, a 307 km da fronteira portuguesa, arrefecida com água do Tejo, com licença prolongada até 2020.

nuclear: energia limpa de segurança (1)
















Os ex-trabalhadores da ENU – Empresa Nacional de Urânio, vítimas da radioactividade nas Minas da Urgeiriça, Cunha Baixa, Poço do Bispo e outras, na manifestação de 19 de Março, convocada pela CGTP, em luta ainda pelos direitos a indemnizações às famílias dos mineiros falecidos por cancros de pulmão, devido à exposição às radiações, e o efectivo cumprimento dos rastreios de saúde aos ex-trabalhadores e suas famílias, direito conquistado pela sua longa e penosa luta. 

Contacto:

olhovivo.viseu@gmail.com