CAMPANHA “SEM MULHERES NÃO HÁ PAZ” PASSA POR VISEU
“A violência contra as mulheres é um fenómeno inerente à opressão patriarcal e à existência de culturas machistas e misóginas em diferentes sociedades, revelando inegavelmente o quão coxas ainda estão as nossas democracias.
A violência contra as mulheres é generalizada e, apesar dos vários Planos Nacionais para a Igualdade e Contra a Violência Doméstica e das campanhas já realizadas, o crime parece não estar a diminuir.(…) Em Portugal, só em 2010, foram assassinadas 43 mulheres por violência doméstica e de género (Observatório de Mulheres Assassinadas, 2010).
Esta violência é infligida maioritariamente pelos homens (maridos, ex-maridos, companheiros, ex-companheiros namorados, ex-namorados e parentes) que, frequentemente, recorrem a este meio para preservar ou reforçar o seu poder sobre as mulheres, sendo um problema transversal ao nível social, económico, religioso ou cultural.
Sabemos que um dos principais motivos pelos quais as cifras da violência doméstica aumentaram tem a ver, na verdade, com o aumento das suas denúncias, o que representa um avanço importante. Há, pois, mais mulheres a denunciar e mais gente vigilante. Contudo, sabemos também que muita violência continua invisível.
A violência contra as mulheres adopta várias formas, desde a violação do direito à autodeterminação, ao casamento forçado, à molestação sexual ou psicológica, à exploração ou discriminação, continuando a existir mulheres assediadas, violadas, traficadas, mutiladas e assassinadas em todas as partes do mundo. Frequentemente, o agressor fica impune ou cumpre penas absolutamente ridículas e insultuosas para as vítimas e para o próprio combate às violências, como temos verificado, demasiadas vezes, nos jornais ao longo deste ano.
Assim, é fundamental combater este problema procurando-se, sempre que necessário, fazer justiça”.
(Extracto do Manifesto das organizações que convocam a Marcha Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, que a Associação OLHO VIVO apoia, e que terá início às 17 h. no Largo Camões, em Lisboa).
Sem Mulheres Não Há Paz de Viseu ao Afeganistão
O Núcleo de Viseu da Associação OLHO VIVO foi convidado a colaborar e a participar nas acções do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Sobre as Mulheres, em Viseu. A campanha é uma iniciativa criada através de Adamastor Associação Cultural de Viseu por um grupo de voluntários do Serviço de Voluntariado Europeu e o grupo JOVENS SOLIDÁRIOS.
PROGRAMA
16:00 Rossio: Exposição de obras na praça, musica e performance - Campanha informativa.
Criação de um mural feito por jovens artistas locais e pelos cidadãos, com tema “mulheres e paz”
O mural será exposto no IPJ junto com informação sobre a campanha e outros quadros feitos pelas escolas.
18:00 Vigília no Rossio e Marcha até à Sé.
20:30 IPJ: Conferência "Mulheres Paz e Segurança" com as convidadas especiais:
Lucia Casaroli (ACNUR /Conselho Italiano para os Refugiados):
"Ser mulher no Afeganistão"
Filomena Pires (MDM) Violências de género
Catarina Vieira e Castro (Núcleo de Viseu da Associaç\ao OLHO VIVO): "Mulheres, Migrações e Direitos Humanos"
Manuela Antunes (Comissão de Protecç\ao de Crianças e Jovens de Viseu)
21:45 IPJ Projecção do filme Persépolis com Cine Clube de Viseu
Quando os EUA e o Reino Unido entraram no Afeganistão em 2001, eles prometeram melhorar a vida das mulheres afegãs. O governo de Portugal enviou as primeiras tropas em 2005. Nos últimos dez anos, alguns progressos foram feitos, especialmente nas áreas de educação, o direito ao trabalho e maior liberdade de movimento fora de casa. No entanto, o Afeganistão é considerado o país mais perigoso para as mulheres.
As mulheres ainda continuam a sofrer discriminação e violência no Afeganistão. Isto inclui os casamentos na infância e forçados, a violência sexual e doméstica, e “baad” a troca de mulheres e meninas como forma de pagamento ou para resolver disputas. Para estudar, as jovens afegãs sujeitam-se a ser penalizadas por ataques de ácido.
Dez anos após a intervenção militar, estamos a pedir ao governo de Portugal para garantir que os direitos das mulheres sejam centrais nas discussões sobre o futuro. Precisamos de todos para tomar medidas e lembrar ao governo as promessas que fizeram às mulheres afegãs.
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