21.11.11

25 NOVEMBRO, DIA INTERNACIONAL PARA A ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA SOBRE AS MULHERES

​CAMPANHA “SEM MULHERES NÃO HÁ PAZ” PASSA POR VISEU

“A violência contra as mulheres é um fenómeno inerente à opressão patriarcal e à existência de culturas machistas e misóginas em diferentes sociedades, revelando inegavelmente o quão coxas ainda estão as nossas democracias.
​A violência contra as mulheres é generalizada e, apesar dos vários Planos Nacionais para a Igualdade e Contra a Violência Doméstica e das campanhas já realizadas, o crime parece não estar a diminuir.(…) Em Portugal, só em 2010, foram assassinadas 43 mulheres por violência doméstica e de género (Observatório de Mulheres Assassinadas, 2010).
​Esta violência é infligida maioritariamente pelos homens (maridos, ex-maridos, companheiros, ex-companheiros namorados, ex-namorados e parentes) que, frequentemente, recorrem a este meio para preservar ou reforçar o seu poder sobre as mulheres, sendo um problema transversal ao nível social, económico, religioso ou cultural.
​Sabemos que um dos principais motivos pelos quais as cifras da violência doméstica aumentaram tem a ver, na verdade, com o aumento das suas denúncias, o que representa um avanço importante. Há, pois, mais mulheres a denunciar e mais gente vigilante. Contudo, sabemos também que muita violência continua invisível.
​ A violência contra as mulheres adopta várias formas, desde a violação do direito à autodeterminação, ao casamento forçado, à molestação sexual ou psicológica, à exploração ou discriminação, continuando a existir mulheres assediadas, violadas, traficadas, mutiladas e assassinadas em todas as partes do mundo. Frequentemente, o agressor fica impune ou cumpre penas absolutamente ridículas e insultuosas para as vítimas e para o próprio combate às violências, como temos verificado, demasiadas vezes, nos jornais ao longo deste ano.
​Assim, é fundamental combater este problema procurando-se, sempre que necessário, fazer justiça”.
​(Extracto do Manifesto das organizações que convocam a Marcha Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, que a Associação OLHO VIVO apoia, e que terá início às 17 h. no Largo Camões, em Lisboa).
Sem Mulheres Não Há Paz de Viseu ao Afeganistão​

O Núcleo de Viseu da Associação OLHO VIVO foi convidado a colaborar e a participar nas acções do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Sobre as Mulheres, em Viseu. A campanha é uma iniciativa criada através de Adamastor Associação Cultural de Viseu por um grupo de voluntários do Serviço de Voluntariado Europeu e o grupo JOVENS SOLIDÁRIOS.

​​PROGRAMA

16:00 Rossio: Exposição de obras na praça, musica e performance - Campanha informativa.
Criação de um mural feito por jovens artistas locais e pelos cidadãos, com tema “mulheres e paz”
O mural será exposto no IPJ junto com informação sobre a campanha e outros quadros feitos pelas escolas.

​18:00 Vigília no Rossio e Marcha até à Sé.

20:30 IPJ: Conferência "Mulheres Paz e Segurança" com as convidadas especiais:

Lucia Casaroli (ACNUR /Conselho Italiano para os Refugiados):
"Ser mulher no Afeganistão"

Filomena Pires (MDM) Violências de género

Catarina Vieira e Castro (Núcleo de Viseu da Associaç\ao OLHO VIVO): "Mulheres, Migrações e Direitos Humanos"

Manuela Antunes (Comissão de Protecç\ao de Crianças e Jovens de Viseu)

21:45 IPJ Projecção do filme Persépolis com Cine Clube de Viseu



Quando os EUA e o Reino Unido entraram no Afeganistão em 2001, eles prometeram melhorar a vida das mulheres afegãs. O governo de Portugal enviou as primeiras tropas em 2005. Nos últimos dez anos, alguns progressos foram feitos, especialmente nas áreas de educação, o direito ao trabalho e maior liberdade de movimento fora de casa. No entanto, o Afeganistão é considerado o país mais perigoso para as mulheres.
As mulheres ainda continuam a sofrer discriminação e violência no Afeganistão. Isto inclui os casamentos na infância e forçados, a violência sexual e doméstica, e “baad” a troca de mulheres e meninas como forma de pagamento ou para resolver disputas. Para estudar, as jovens afegãs sujeitam-se a ser penalizadas por ataques de ácido.
Dez anos após a intervenção militar, estamos a pedir ao governo de Portugal para garantir que os direitos das mulheres sejam centrais nas discussões sobre o futuro. Precisamos de todos para tomar medidas e lembrar ao governo as promessas que fizeram às mulheres afegãs.

Contacto:

olhovivo.viseu@gmail.com