2.5.09

CICLOVIAS, SIM, MAS “APARTHEID” DE BICICLETAS NAS RUAS, NÃO!



Comemorou-se, dia 22 de Abril, mais um Dia da Terra. As alterações climáticas tornam obrigatório repensar o modelo de desenvolvimento e reforçar o controlo dos gastos energéticos. Reduzir o uso do automóvel, melhorar os transportes públicos e usar meios de transportes não poluentes, como a bicicleta, são algumas soluções.
Almada criou uma rede de ciclovias que permite a utilização diária da bicicleta e obrigou os novos edifícios construídos a preverem lugares seguros para estacionar bicicletas. Um bom exemplo que mereceu o segundo lugar (a seguir a Budapeste) no Prémio Semana Europeia da Mobilidade 2008.
Viseu nem sequer tem aderido à Semana da Mobilidade e nas suas ruas e avenidas, onde é habitual ver automóveis e motos a atingirem velocidades desadequadas e ilegais, torna-se cada vez mais perigoso circular de bicicleta. É por isso que alguns ciclistas optam pelos passeios, o que, além de proibido, também não deixa de ser perigoso, por causa dos peões.
A solução passa por limitar a velocidade, em certas ruas, a 30 km/h; pela sobrelargura da faixa da direita (desde que não se retire largura aos passeios). Não nos parece que os projectos de requalificação do Rossio e da Avenida Alberto Sampaio tenham em conta estes preceitos. Necessário também é a alteração ao Código da Estrada, dando mais prioridade aos ciclistas e não os segregando para as ciclovias, mas permitindo a sua convivência com os automóveis, como meio de transporte alternativo na cidade. O planeta agradece!

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