9.6.09
JARDIM DE SANTO ANTÓNIO COM WC ENCERRADO DESDE AGOSTO AFASTA UTENTES COM O CHEIRO A URINA CLANDESTINA
O Jardim de Santo António é talvez o mais bonito jardim da nossa cidade, se não contarmos com o Parque Aquilino Ribeiro e com o jardim renascentista do Fontelo (antigo Paço Episcopal). No entanto, desde Agosto do ano passado que a Câmara Municipal de Viseu mandou encerrar as instalações sanitárias ali existentes. Aliás, a autarquia já encerrou quase todos os WCs públicos da cidade. A ausência de sanitários é um problema grave para muitos munícipes, em particular para os mais idosos e reformados que gostam de deambular pelas ruas, praças e jardins, locais de encontro de amigos. Mas quando a bexiga aperta e sem sanitários públicos por perto, resta recorrer às instalações sanitárias dos cafés, o que nem sempre é fácil, sobretudo para quem, não tendo mais rendimentos do que a magra reforma, se inibe de entrar sem consumir.
Não admira por isso que alguns idosos frequentadores do Jardim de Santo António, com mais dificuldade em controlar a bexiga, recorram a descargas clandestinas atrás dos buchos que circundam os sanitários fechados (ver foto circular). O cheiro a urina torna-se mais pestilento para quem passa na Rua dos Capitães. Uma moradora nesta rua, reformada, e também utente do jardim, alertou a Associação OLHO VIVO para este atentado ao ambiente e à saúde pública. Os dois idosos da foto, que ali se encontram todos os dias, confirmaram que desde Agosto vivem numa aflição diária sempre que a bexiga aperta. Enquanto conversávamos com eles, pudemos assistir ao “desenrascanço” de um outro idoso que ao lado da porta fechada do WC, mal ocultado pelos buchos e por uma coluna, ali se aliviou.
Entretanto, também uma professora da Escola Secundária Emídio Navarro, ali mesmo ao lado, se queixou à nossa Associação de que sempre que tem aulas nas salas com janelas viradas para o jardim, há um ou outro aluno ou aluna que se distrai a observar as manobras dos velhotes por detrás dos buchos.
Em Paris não faltam sanitários públicos. Mas, como eram pagos, era habitual passar-se por um local mais recôndito de uma rua ou de um jardim a exalar cheiro a urina. Até que a autarquia decidiu disponibilizar os sanitários gratuitamente e a “cidade luz” deixou de cheirar mal, mesmo nas sombras. Aqui fica o exemplo.
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