25.4.11

o cravo e as novas flores de abril

Na rádio ouvem-se hoje os velhos do costume (antigos presidentes da República) com o costumeiro discurso aparentemente neutro e descolorido a apelar à formação de "consensos", à "tranquilidade", para bem do "interesse nacional".

Na rua os discursos são diferentes e quase nada neutros, tingidos de vermelho vivo como cravo, querem a mudança e exigem que se acautelem os nossos interesses nacionais, as nossas conquistas sociais, e as promessas da revolução de Abril.

Hoje celebra-se a liberdade, não o consenso. Abril é celebrar o nosso dissenso: a vontade geral de um povo de entrar em desacordo com aqueles que dizem servir o país mas o esmagam. 

Por isso, neste dia de Abril e noutros que virão é necessário sair à rua e formar corpo para uma nova mudança. À pergunta sobre se os jovens ainda compreendiam o cravo vermelho na lapela, Carvalho da Silva respondia assim ao jornalista: "Sim, mas o importante seria que trouxessem novas flores! Não há mudança social sem o contributo das gerações mais novas."  

O Movimento 12 de Março, Precários Inflexíveis, FERVE e outros movimentos ligados ao protesto Geração à Rasca estiveram hoje presentes na manifestação que percorreu a Avenida da Liberdade em Lisboa. Entretanto, corre uma petição para levar à AR uma proposta de lei contra a precariedade, para saber: clicar aqui.

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