Na última campanha eleitoral autárquica, Fernando Ruas prometeu fazer uma praia fluvial no Parque Urbano da Radial de Santiago, aproveitando as águas do açude do Catavejo, na freguesia de Mundão, destinado a controlar as cheias no Inverno e a garantir um caudal regular no resto do ano.
Entretanto, numa sessão da Assembleia Municipal de Viseu, o deputado Pedro Baila Antunes afirmou ser impossível fazer uma praia sem recurso a afluentes externos ao rio Pavia, ao que Fernando Ruas respondeu que o deputado não percebia nada do assunto (note-se que se trata do director do Curso de Engenharia do Ambiente, do Instituto Politécnico de Viseu) e que o presidente da Câmara tomou uma decisão política, restando-lhe “meter a viola no saco” no caso de os técnicos provarem ser inexequível.
Enfim, sempre pensámos que uma decisão destas só seria tomada depois de ouvir a opinião de vários técnicos competentes, mas pelos vistos a política tem mais força que a técnica, como se viu na opção pelo funicular, em detrimento da passadeira rolante na Calçada de Viriato.
Quem não fica à espera da praia fluvial, nestes dias de temperaturas elevadas, são os miúdos que assiduamente vão tomar banho ao espelho de água no parque linear do rio Pavia, junto ao Largo da Feira de S. Mateus. Gostaríamos de perguntar à Câmara Municipal se aquela água, que pensamos vir do próprio rio Pavia e é reciclada, ou seja, é sempre a mesma água e só não é choca porque circula de um lado para o outro, será inócua para quem ali vai tomar banho. É que se não for e constituir algum perigo para a saúde humana, talvez conviesse pôr a polícia municipal a avisar as crianças.
Entretanto, ficamos à espera da praia fluvial, com bandeira azul... naturalmente!