21.8.09

FUNICULAR: OS ACIDENTES QUE NÃO FORAM SIMULACROS.




Na passada semana foi efectuado um simulacro de acidente no cruzamento da Rua Serpa Pinto com a Calçada de Viriato. Um automóvel chocou com o funicular, ou vice-versa, simuladamente. O aparato cénico foi completo: Bombeiros Municipais, Bombeiros Voluntários, INEM, PSP, Polícia Municipal. Entre os muitos figurantes estava o vice-presidente da Câmara Municipal de Viseu, Américo Nunes, que prestou esclarecidos comentários para a comunicação social.
Primeira conclusão: o simulacro correu muito bem. Então não havia de correr? Escolherem o fim da tarde, já o comércio estava fechado, não havia trânsito quase nenhum. A PSP cortou a passagem ao fundo da Rua Serpa Pinto. Se calhar, em hora de ponta, a via mais rápida e menos susceptível de ficar entupida, para as ambulâncias chegarem ao cruzamento seria subir a Rua Serpa Pinto, uma vez que nenhum automóvel poderia descer a rua devido ao acidente. Mas, deixemos as conclusões para os técnicos. O comandante dos bombeiros chamou a atenção para o perigo para os peões dos intervalos entre os carris, uma vez que ainda há poucos dias tiveram que lá ir socorrer um homem que ficou com o pé de tal maneira preso que só foi possível libertá-lo com a ajuda de material de desencarceramento, para afastar os carris.
Já há alguns meses que chamámos aqui a atenção para a falta de segurança daquelas obras que tinham provocado acidentes em alguns transeuntes. Mas os acidentes multiplicaram-se a partir da colocação dos carris. Até trabalhadores do comércio da Rua Ponte de Pau foram vítimas das armadilhas dos espaços entre carris. Particularmente grave foi o que vitimou o filho do proprietário da Pastelaria Serra da Nave que teve de ficar quinze dias de baixa. Só depois do acidente que teve a intervenção dos bombeiros é que foram colocadas grades de segurança à volta da zona dos carris que ainda apresenta espaços abertos com dimensão considerável (ver foto). Nalguns pontos foram soldadas chapas metálicas nas caixas que sustentam as pedras da calçada entre os carris, para reduzir o vão, mas continua a ser perigoso, sobretudo para as crianças.
Tal como aconteceu na Cava de Viriato, se tivessem dado ouvidos aos nossos alertas não teriam acontecido tantos acidentes...não simulados!.

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