19.11.10
outros atentados aos direitos humanos
Na Birmânia, onde 1/3 da população vive abaixo do limiar da pobreza, as recentes eleições foram uma farsa. Aung San Suu Kyi, Nobel da Paz, dois dias depois de ter sido libertada, apela a uma revolução pacífica no seu país. Suu Kyi esteve em prisão domiciliária 15 dos últimos 21 anos, data em que o seu partido ganhou as eleições para o Parlamento e o governo militar decidiu corrigir o resultado eleitoral.
Na China continua preso o dissidente Liu Xiaobo, a quem foi atribuído o Nobel da Paz deste ano. A Amnistia Internacional organizou, no passado domingo, uma manifestação de protesto, em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, onde o presidente da China estava a ser recebido pelo nosso governo. Mas o governador civil de Lisboa, António Galamba, proibiu a manifestação no local, obrigando-a a deslocar-se para junto à Torre de Belém, longe de Hu Jintao. Uma vergonha a que não será alheia a compra pela China da dívida pública portuguesa.
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