19.11.10

solidariedade com o sahara ocidental















A monarquia de Marrocos que ocupa o Sahara Ocidental (ex-colónia espanhola) desde há 35 anos, ordenou um ataque de forças militarizadas a um acampamento de protesto instalado, desde 10 de Outubro, nos arredores da capital do Sahara, El Aaiún, onde mais de 20 mil saharauis exigiam “uma vida digna na sua terra, trabalho e acesso aos serviços de saúde e educação”. Ainda em Outubro, polícias marroquinos assassinaram um miúdo de 14 anos quando se dirigia para o acampamento que já tinham cercado com um muro e estava debaixo de um bloqueio militar. Um eurodeputado foi impedido de descer do avião em El Aaiún, para visitar o acampamento.  Às 5h30m da noite do passado Domingo,  as forças da ditadura marroquina invadiram o acampamento, atirando balas de borracha e jactos de água sobre os sitiados, incluindo mulheres, crianças e idosos e queimaram as tendas.  Na cidade teve início  uma “intifada” contra as forças ocupantes, que resultou na morte de 11 sarahuis (incluindo uma criança de 7 anos)  e 5 agentes marroquinos. A Frente Polisário - que luta pela independência e espera desde 1988 por um referendo de autodeterminação acordado com Marrocos no âmbito de um plano de paz da ONU - denuncia a existência de 729 saharauis feridos e 159 desaparecidos. A Espanha de Gonzalez e Aznar apoiava o referendo, mas Zapatero prefere apoiar o plano de autonomia do rei de Marrocos, certamente por recear o princípio democrático da autodeterminação reivindicado por bascos, catalães e galegos.

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